quarta-feira, 27 de abril de 2011

Assoreamento da foz do Rio Mossoró





      Há alguns dias enviei um e-mail para vários amigos, até em tom de brincadeira comentando acerca de objetos que normalmente achamos na praia, desta vez tinha eu a grata sorte de encontrar um objeto gigantesco, incomum é claro em se tratando de achados. Referia-me a uma imensa barcaça de transporte de granéis utilizada no transporte de Sal marinho extraído de nossas salinas, encalhada durante a manobra para entrada no rio Mossoró na noite anterior.

O tema aqui abordado já deveria ter a especial atenção das autoridades competentes, principalmente o Ministério dos Portos e a Companhia Docas do Rio Grande do Norte – CODERN responsáveis  pela operação do Terminal Salineiro de Areia Branca, conhecido por nós como o Porto Ilha: Um empreendimento de importância inestimável para economia dos  nossos municípios e do estado.

É notório que em toda costa brasileira está havendo uma mudança radical no espaço físico de limite entre terra e a água do mar, com o avanço do mar em direção ao continente, mudanças consideráveis na paisagem de muitas cidades litorâneas: como  exemplo,  podemos citar nossa vizinha Macau-RN que após um investimento milionário para recuperação e preservação da praia de Camapun, percebe-se que poderá ser inútil tanto trabalho, pois, o mar continua a avançar. Entretanto, não podemos assistir de braços cruzados o principal caminho de escoação de massa de nosso principal produto de exportação ser interrompido se sequer darmos um grito. A “Boca da Barra” do rio Mossoró está sendo literalmente Enterrada e se assim continuar daqui há pouco tempo nem mais uma Jangada poderá sair desse rio, muito menos ainda uma barcaça transportando duas mil toneladas de Sal.

Um comentário:

  1. Extraordinária postagem. Inusitada quanto aos achados e perdidos, tanto quanto pelo assoreamento do Rio Mossoró, bem demonstrando que urgem medidas de dragagem do leito do rio sob pena de estrangulamento da nagevação.

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